A Paz de Cristo esteja contigo!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

E A FESTA ACONTECEU

Aconteceu no domingo, 22 de novembro, o primeiro grande encontro dos descendentes de Horácio das Carnaúbas de Ipueira (RN).
O dia foi abençoado com uma missa celebrada, pelo Padre Alexandre, na Igreja de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro em Ipueira, em ação de graças por toda a família e que teve início com uma mensagem sobre família (conforme descrita abaixo), que deu o tom da reflexão da palavra.
          Em seguida, foram todos para o Colégio João Alencar de Medeiros, onde aconteceu um pequena explanação sobre a origem da família Horácio, Lins e Alencar por Edgar Horácio de Medeiros e muita interação entre os presentes.
      Ao meio dia, foi servido o almoço acompanhado por Kaká & Banda (formada por membros e amigos da família) com uma boa música. Ainda teve apresentação do cantor e violonista (da Família) Elvirinho Lins, acompanhado pelo seu irmão Humberto Lins.
        Ao final, foi feito uma sondagem junto aos presentes para saber quando deveriam fazer outro encontro desse e a maioria preferiu que seja anualmente para se repetir essa grande festa da família.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Transcrição da mensagem lida no início da missa:
Os tempos modernos e a era cibernética estão isolando o ser humano cada vez mais em torno de si próprio. Grande parte das famílias já não têm tempo para conversar. As crianças se divertem no computador e os adultos envoltos as redes sociais. O casal trabalha e os filhos, quando não são deixados em creches, são confiados a babás, no horário alternativo à escola. A família tem um cotidiano diferente. A rapidez das mudanças no mundo e a necessidade de estudar constantemente dificulta a relação familiar.
Afinal de contas, o profissional precisa crescer para dar aos filhos aquilo que não teve. O capitalismo está vencendo, pois grande parte daquilo que os pais não tiveram e agora querem dar aos seus filhos está diretamente ligado a coisas materiais. E onde ficam o afeto familiar, o diálogo, a cumplicidade? Esses, sim, existiam e estão sendo deixados de lado.
O Papa Francisco em recente discurso falou sobre a importância de se valorizar a família, sendo ela o instrumento mais importante para se chegar a uma harmonia entre a paz, a felicidade e os ensinamentos de Cristo.
Há duas ou mais gerações as crianças cresciam juntos com os primos e esses eram os primeiros amigos. Hoje é diferente. Em busca de oportunidades, os irmãos se separam, muitas vezes, na fase de estudo universitário e nunca mais moram na mesma cidade, e seus filhos estão sendo privados da conivência com os primos.

Mas por que falar tudo isso agora? Porque esse dia de hoje nos oferece uma oportunidade de revermos muitos primos que não víamos a muito tempo e revivermos muitas histórias que estão gravadas na nossa mente como marcos nas nossas vidas. Oferece também a oportunidade de mostrarmos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos que a família não se resume ao núcleo familiar Pais e filhos. Família é tudo isso. Tem uma dimensão maior.
São os laços de sangue que nos transportam para a mesma origem e muitas vezes apresentam traços físicos de semelhanças inacreditável. É o DNA. Gostaríamos de estar fazendo esse encontro com um leque muito maior da família mas, por razões obvias, partimos dos patriarcas Horácio José de Medeiros e Francisca Franquilina de Medeiros, casados e primos de primeiro grau, hoje aqui representados por descendentes de 5 gerações (netos a pentanetos).
Vamos celebrar a vida, vamos conhecer novos primos, vamos abraçar àqueles que não vemos há algum tempo, vamos gargalhar a vontade, vamos nos confraternizar. Chega de só reunir um número maior de familiares nas ocasiões fúnebres. Afinal de contas três das principais missões do ser humano na terra são: crescer espiritualmente, servir, segundo os ensinamentos de Cristo e ser feliz. Que sejamos felizes sem limites. Alencar, Horácio e Lins, todos juntos e misturados.

Autor: Joaquim Horácio de Medeiros
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O Poeta Joaquim Horácio de Medeiros escreveu, também, a origem da família, dos Portugueses Rodrigo e Sebastião até Horácio e Francisca.
Possivelmente deve ser o primeiro trabalho da espécie.
OS MEDEIROS 
Eu vou contar prá vocês
A história de dois Medeiros
Que vieram prá o Brasil
Os dois ainda solteiros
Da chegada por aqui
No vale do Sabugi
Como dois aventureiros
Essa família existe
Do século treze prá cá
E surgiu em Portugal
Como eu vou explicar?
O Medeiros vem de Meda
Mas o conceito não veda
Outro conceito que há
O outro conceito diz
Medeiros era um local
Um povoado distante
Nas terras de Portugal
E o povo desse lugar
Passaram a se chamar
De Medeiros coisa e tal
No ano setenta e quatro
Da era mil e seiscentos
Bartolomeu Frias Camelo
Seguindo seus sentimentos
Casou com Maria Medeiros
Deixaram de ser solteiros
Com muitos contentamentos
Dentre os filhos: outra Maria
De Medeiros Pimentel
Que ainda muito nova
Na ilha de São Miguel
Casou com um belo rapaz
Inteligente, capaz
Que se chamava Manoel
O seu nome completo
Manoel Afonso de Matos
Um autêntico português
Um homem de finos tratos
Logo o casal teve filhos
Que se tornaram andarilhos
Buscando novos contatos
Dois filhos desse casal
Rodrigo e Sebastião
No ano mil setecentos
E trinta e nove então
Chegaram em nosso Brasil
Buscando aventuras mil
Trabalho e ocupação
Foram para Pernambuco
Procuraram uns parentes
Logo lhes encaminharam
Prá terras mais atraentes
Na Paraíba do norte
Não reclamaram da sorte
E se mostraram contentes
Foi na fazenda Preás
Lá nas serras de Parelhas
No Rio Grande do Norte
Onde hoje fabricam telhas
Que chegaram prá morar
E ali foram trabalhar
Com criação de ovelhas
Mas como tinham estudo
O capitão-mor lhes chamou
E depois de uma conversa
Assim os determinou
A trabalhar para o reino
Lhes deu um pequeno treino
Que muito os alegrou
O trabalho consistia
Em resolver desavenças
Brigas por questões de terra
Reclamações, malquerenças
E de maneira audaz
Para promover a paz
Faziam até as sentenças
Um dia o Capitão-mor
Os irmãos, mandou chamar
Lá na fazenda Picotes
Prá umas ordens passar
Ordenou-lhes de antemão
Cumpram logo essa missão
Eu não posso esperar
Essa missão consistia
Numa viagem arriscada
Ao vale do Piancó
Resolver uma enrascada
Um caso litigioso
Com um sujeito furioso
Que não respeitava nada
Naquela época o Vale
Vivia sem segurança
Tinha rebeldia de índios
Não havia liderança
Não se respeitava a lei
Até as ordens do Rei
Entravam nessa lambança
Os irmãos tiveram medo
E recusaram a missão
Procuraram conversar
E convencer o Capitão
A retirar suas ordens
Pois com aquelas desordens
Não voltariam vivos não
A negativa dos dois
Revoltou o Capitão
Que reagiu furioso
E com indignação
Ameaçou os Medeiros
Chamou-lhes de forasteiros
Cabras sem educação
Ameaçou deportar
Dizendo prestem atenção
Eu tenho contra vocês
Um mandado de prisão
Vindo lá de Portugal
Porque de forma ilegal
Vocês largaram a nação
Os irmãos de aperrearam
Naquela encruzilhada
Ou arriscariam a vida
Numa difícil jornada
Ou virariam prisioneiros
Naquela noite os Medeiros
Não dormiram quase nada
Na manhã do dia seguinte
Na hora do desjejum
O Capitão ardiloso
Sem artifício nenhum
Disse de forma ativa
Tenho outra alternativa
Prá um acordo em comum
Livro vocês da missão
E não mando prá Portugal
Se aceitarem se casar
De maneira natural
Com minhas duas sobrinhas
Que já não são tão novinhas
Para o matrimonial
A contragosto os irmãos
Não tiveram outra saída
Aceitaram se casar
Prá receber a guarida
Do grande Capitão-mor
O governante maior
Que conheceram na vida
Rodrigo Medeiros Rocha
Se casou com Apolônia
E seu mano Sebastião
Foi desposar a Antônia
A festa que o Capitão
Fez naquela região
Foi cheia de cerimônia
Os dois casais se fixaram
Perto do rio Quipauá
Que corta Santa Luzia
Nuns vales que tem por lá
Fizeram casas, currais
Foram criar animais
Fazer roça, trabalhar
Rodrigo e Apolônia
Logo tiveram seus filhos
Foram oito no total
Sem provocar empecilhos
Manoel, o filho mais novo
Um líder dentre seu povo
Quis andar por outros trilhos
Manoel de Medeiros Rocha
Era seu nome completo
Casou com Anna Araújo
De alegria, repleto
Se mudou prá Caicó
Depois foi Sargento-Mor
Nomeado por decreto
Mas com o tempo passando
Manoel cresceu na carreira
Chegou a Capitão-Mor
De forma simples e ordeira
Praticando sempre o bem
Sem fazer mal a ninguém
Durante a vida inteira
Participou de uma junta
Que governou o estado
Com duas outras figuras
Prá isso foi nomeado
Foi um homem importante
E de forma exuberante
Cumpriu o determinado
José Barbosa Medeiros
Um dos seus filhos queridos
Vulgo Capitão Barbosa
De atos bem destemidos
Lá na fazenda Remédio
Morava por intermédio
De herdar os bens divididos
Grande capitão Barbosa
Casou em mil e oitocentos
Na fazenda Mulungu
Com muitos contentamentos
Com Rita Maria José
Uma moça de muita fé
E lá fizeram juramentos
Rita Maria era filha
Do Coronel Sá Barroso
Homem de sabedoria
Bem disposto, corajoso
O coronel fez a festa
Que apesar de modesta
Lhe deixou muito orgulhoso
Rita Maria morreu cedo
Mas deixou nove crianças
Joaquim Felis, Alexandre,
Os que tinham mais lembranças
Manoel, José, Guilhermina,
Essa era bem menina
Cheia de desesperanças
Tinha Maria Eduarda
E também a Mariana
Depois a Rita Barbosa
Assim como tinha Anna
Ali nove criancinhas
Todas órfãs, coitadinhas
Sofrendo uma dor tirana
Joaquim Felis de Medeiros
Entrou para o seminário
Depois de muito estudar
Para se ordenar vigário
Ordenou-se em Salvador
Com muita fé e fulgor
Cumpriu seu itinerário
Casou Maria Eduarda
Com João Manoel de Medeiros
Conhecido por Janjão
Homem de hábitos caseiros
E dos filhos que Deus lhe deu
Com o mesmo nome seu
Batizou um dos herdeiros
A criança se criou
Chamada por João Menino
Se casou com Madalena
Uma moça de trato fino
Tiveram uma menina
A Francisca Franquilina
E agradeceram ao divino
Outra filha de Eduarda
Por Ana foi batizada
Casou com José Jerônimo
Numa festança danada
No sítio foram morar
Ciar gado, trabalhar
De maneira organizada
Um dos filhos do casal
José Jerônimo e Ana
Chamou-se Horácio José
Um rapaz muito bacana
Trabalhador, dedicado
Honesto, compenetrado
Cheio de sonhos, de gana
A Francisca Franquilina
Com Horácio se casou
Numa cerimônia simples
Mas muito lhes contentou
De primos agora casados
Felizes, realizados
E Deus lhes abençoou
Quatro filhos eles tiveram
Dois homens José e Manoel
Com o sobrenome Horácio
Tudo posto no papel
Duas filhas, Ana Francisca
E também Maria Francisca
Meigas, doces, como mel
Contei de maneira simples
E de forma resumida
A história dessa família
Que aqui está reunida
Todos primos e afins
Alencar, Horácio e Lins
Para celebrar a vida

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